Posto aqui, com orgulho de pai, uma reflexão de meu filho, Gabriel.
Não há uma única fórmula para toda e qualquer situação. O que talvez exista é uma fórmula específica para cada situação, momento, experiência de vida. “Se for calmo e pacífico estarei no caminho certo.” De fato, este é um bom caminho, mas não é todo o caminho. É preciso dividir as partes para adquirir tanto a força quanto a leveza. Há momentos em que não há como ser maleável, precisa-se de força, perseverança. É aí que começa o problema. Como ser forte e maleável ao mesmo tempo? Como dirigir e deixar ser dirigido? O problema, portanto, é saber utilizar os recursos, como na própria matemática. O momento certo para aplicar as diferentes formas de agir.
Outro problema na equação é a constante. Como toda equação matemática e física exige uma constante, a vida também exige. Como manter o ritmo e a constância dentro de uma vida tão cheia de desafios? Talvez o problema não seja os desafios, e sim nós mesmos. Nós somos nossos próprios desafios. A resposta desta equação matemática está dentro de nós. Quem sou eu? Mas será que essa resposta também não é mutável como todas as outras? O “eu” muda constantemente, a cada dia, a cada livro, a cada música, a cada novo conceito adquirido. É difícil manter-se constante nesse processo de eterno aprendizado. Por sermos eternos aprendizes, caímos, cair é inevitável. Porém somos nós que decidimos quanto tempo ficaremos caídos.
A resposta à equação? Parece aquelas dízimas periódicas, quando acho que já encontrei todos os números possíveis, aparecem novos números e eu nunca obtenho a resposta completa, apenas uma pequena parte. Como a água que preenche contínua e gradualmente todos os espaços vazios e enfim segue adiante, eternamente.
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