estava nublado, triste, o peso no peito. em conversa, me queixava sobre pessoas, o alheio imprevisível e seus inconvenientes.
ele me disse: "se vir uma pessoa que considera 'melhor' que você, procure imitá-la; se encontrar uma que considera 'pior', olhe pra você", e recostou-se, tranquilo, na poltrona.
notei que me queixava de seres excessivamente inquietos e falantes, farsantes, supostamente resolvidos e aparentemente muito inteligentes.
caí do cavalo.
eis-me então, transparente, em toda sua confusa fragilidade: lá estava, mudo e desnudo, perplexo e desmascarado, frente ao generoso conselho de meu filho.
domingo, 24 de julho de 2011
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