terça-feira, 2 de agosto de 2011

celibatário

o celibato me parece a única forma razoável de manter-se só. não quero levantar bandeira, longe de mim despautério desse. cada qual encontre seu modo de estar sozinho, sem que por isso venha a tornar-se surdo-mudo impermeável ao mundo.
também não me apraz o amargo niilista, avesso a qualquer possibilidade.
estamos aí, abertos ao que vier.
o que não dá - e o que dá preguiça - é obrigar-se a correr pra pista e dar pulinhos pra que todos saibam que estamos disponíveis.
prefiro passeio ou conversa com meu filho, amigo, amiga.
o barulho dos vizinhos.
a companhia silenciosa de um gato.
a taça de cabernet, um bom filme, boa leitura, música.
claro que a vida não é só isso.
e claro que coisas não caem do céu em nosso colo.
ok.
mas daí a pensar que temos de revirar o mundo em busca da satisfação de desejos,
e que esta é a única coisa que importa...

7 comentários:

  1. eu também sou uma celibatária convicta. moro sozinha, trabalho sozinha e sequer tenho filhos,m as rezo todos os dias para que a vida contrarie as minhas crenças...rs
    o sentimento de pertença só nasce de uma relação amorosa e não há como substitui-la. Nem gatos , cachorros, pintinhos ou coelhinhos - esses bichinhos maravilhosos- farão sentido. A falta esta lá bem abaixo dos nossos olhos... E é na crença de que alguém contrarie as minhas crenças, que espero.
    grande abraço

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  2. É isso, Beth. O fato de vivermos sem um companheiro - ou o fato de
    ser possível prescindir de um parceiro na vida - não significa que ele
    não faça falta. Bjs.

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    1. Grande Adriano, fico muito feliz por ver seu sucesso. Sei da sua luta e desejo de vencer como ator. Lembro-me do seu sonho quando trabalhávamos na TV Cidade, em Londrina. Quando for ao Rio, vou procurá-lo para tomarmos um café. Grande abraço! Paulo Mendes (cinegrafista Xororó)
      ps.mendes@hotmail.com

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  3. Perdoa-me amigo, mas não sou dada à animais de estimação. Penso que faço menos bem a eles do que eles a mim. Imponho-lhes uma tarefa que não cumprem. Humana demais...Pressuponho. Grande abraço.

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  4. OI ADRIANO. ESTOU ADORANDO SUA INTERPRETAÇÃO EM SALVE JORGE. JÁ CHAMAVA MINHA ATENÇÃO NA NOVELA DA RECORD. APÓS CONHECER O SEU BLOG, PUDE CONSTATAR O QUANTO É ESPECIAL. NÃO PRECISA SER SOZINHO. POIS ESTOU AQUI, PRONTA PARA SER SUA AMIGA .....SABE QUASE SEMPRE ME SINTO SÓ, APESAR DE TER FILHOS E FAMILIA. MAS É QUE NÃO CONSIGO ACHAR NADA QUE ME FAÇA SENTIR FELIZ , A SER COMPLETA...SABE ??BEIJOS.

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  5. Lindo isso! Me traduz perfeitamente, a solidão me atrai de formas variadas. Acredito que tudo na vida tem um preço e sei que amanhã posso lamentar esse caminho que percorro hj (desde sempre - 1980), mas não consigo dividir momentos da minha vida com pessoas que não me trazem nada só para evitar a solidão. Não a vejo como má, muito pelo contrário, a considero uma aliada, sou capaz de ficar só no meio da multidão... E amo isso. Quando compartilho momentos com os outros, sejam eles quais forem, os vivo 100%, para depois analisá-los na minha solidão, novamente... rs. Vou "roubar", hehe.. Parabéns!

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  6. Eu vivo o oposto do que os jovens de hoje priorizam. Tenho 25 anos e, por opção, vivo diariamente uma solidão que já faz parte de mim e da minha vida. Gosto disso e não pretendo mudar, mas admito (já em tons de desabafo), que existe um pouco de medo de o meu pensamento ser outro justamente mais tarde, quando o corpo e a aparência não forem mais os mesmos.

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